Ora, o governo veio agora com uma medida nova, basicamente "é criada uma dedução em sede de IRS, correspondente a 5% do IVA suportado por qualquer membro do agregado familiar, incluída em facturas que titulam prestações de serviços dos setores de manutenção e reparação de veículos, alojamento, restauração, cabeleireiros e similares" e receberemos no máximo 250 € por família.
Parece pouco, mas é melhor que nada, senão vejamos com um exemplo muito básico:
Um casal de classe média/alta se trabalharem os dois é típico (cada vez menos devido à crise, mas ainda assim) almoçar fora durante os dias úteis da semana, gastando assim, em média 7 € por almoço por pessoa.
Ora, 22 dias vezes 11 meses são 242 dias
A 7 € por dia vezes 242 dias são 1694 €
Metemos-lhe agora os dias extravagantes (aqueles em que se gasta um pouco mais nas refeições porque é um jantar especial ou estão de férias) mais 30 dias com férias e alguns dias de fim de semana a 10 €/dia são 300 €
Assim, soma-se dando 1994, vá 2000€ por pessoa.
Um casal sem filhos, seria 4000 €.
Esse casal com 2 carros faz uma revisão por ano, a 1000 € de média por carro (com pneus, avarias e mais coisas inesperadas que acontecem todos os anos), são mais 2000 €
Já vamos em 6000 € que se gastam sempre sem nunca ser retornado nada.
Quanto a cabeleireiros a mulher tem sempre mais tendência em gastar dinheiro, mas não faço ideia quanto possa gastar, mas vou por valores baixos, e assim em média 20 € por mês com manicures e pedicures e sei lá o quê mais. Faz 240 €
O homem já gastará menos talvez de 3 em 3 meses gaste 10 €, serão 40 €, ou seja mais 280 € vá 300
Nas chamadas férias do verão (ou as férias grandes do ano), o hotel ficaria por 500 € o casal.
Isto foi o que me veio à cabeça assim de repente, dá um total anual de 6800 €. Se for um casal com dois filhos podemos adicionar mais 1/3 do valor ou seja, fica 9000 €. É certo que não são os 26000 mas é dinheiro que um casal de classe média/alta gasta sempre sempre todos os anos sem qualquer retorno. E continuo a pensar que é um valor baixo, deve-me estar a escapar muita coisa.
Assim, para o ano, em vez de receber zero euros disto, passaria a receber....ora fazendo as contas é cerca de 90 €. Parece pouco, mas continuo a dizer que é melhor que nada. Dá por exemplo para encher um depósito de um carro, ou dois jantares grandes para um casal ou uma prenda para os filhos, sei lá, muita coisa.
Penso que aqui o mais chato é ter de guardar essas faturas todas. Há uns anos quando ouvi falar do Simplex, pensava que vinha facilitar esta parte, por exemplo, todos os estabelecimentos teriam um aparelho que lesse o nosso cartão de cidadão cada vez que efectuássemos compras e ficasse registado de imediato nas finanças todas as nossas compras nesses estabelecimentos, seria uma transação direta ou caso a ligação do estabelecimento com as finanças tivesse em baixo, seria sincronizado no final do dia, ou no final da semana ou qualquer coisa assim, E assim, não teríamos de fazer o típico IRS em Abril, porque já estaria tudo registado. Mas pronto, isso sou eu como consultor informático que penso logo no aproveitamento da tecnologia dos dias de hoje.
Agora só falta (e espero que venha) abranger também as compras de hipermercado, que são o nosso maior consumo.
Que venha ele.
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