O dia de Natal, também foi muito engraçado. Logo de manhã, a partir das 9:30, 10:00 já havia vários tipos de queijos alentejanos (secos, meia cura, frescos, requeijão), paios de várias qualidades e claro, a famosa linguiça assada. Ah pois é, logo pela manhã. Quem conseguisse, bem que podia atacar. Eu, pessoalmente não consegui pegar nisso, fiquei-me por uma fatia de bolo seco com uma fatia de requeijão em cima. E bebi café com leite enquanto que os outros já mais habituados lá se foram ao vinho. Eu preferi aguardar pelo almoço.
Durante a manhã, não se fez nada de especial. O meu Irmão e a Anabela foram dar uma voltita a pé, para espairecer e conhecer a aldeia. Nós fomos um pouco mais tarde à procura de um café aberto no dia de Natal. Parece que lá na aldeia, o "Algarvio" é o que está aberto a toda a hora. O"Algarvio" não é o nome do café, mas sim o nome que dão ao homem que lá trabalha, e trata-se de uma das muitas tasquinhas que existem por lá, mas que tem café. Tivemos lá um pouco, fomos fazendo tempo até chegar o almoço. O meu pai foi com o meu sogro dar uma volta pela aldeia também e nós ficamos mesmo por casa que estava frio.
O almoço foi peru assado no forno que a minha mãe trouxe, frango assado no forno também, e a minha sogra fez ensopado de borrego à espanhola. Isto tudo para 15 pessoas. Voltamos a dar-lhe no vinho, e nos doces que já referi no post anterior. Haviam também por lá restos de marisco que se foram comendo. Bebidas para ali, bebidas para aqui, conversas para ali, conversas para aqui, o tempo foi passando. Fomos a outro café que abriu à tarde, beber um cafézito e uns digestivos e pronto. Já no final da tarde, os meus pais foram embora, a minha mãe estava com uma gripe de todo o tamanho e o meu irmão ia ter visitas em casa no dia seguinte.
Foram-se embora e nós fomos para a casa do povo continuar a emborcar. Bom, eu desta vez soube controlar-me. Já o meu cunhado, vai lá vai, apanhou uma tosga que só visto! Passamos o resto da tarde e noite a rir. Todos os homens com uma grande bezana, a descascar gambas congeladas para serem posteriormente fritas e servidas para o Jantar. Basicamente o descascar ficou pela conta dos bêbedos, e a fritura e tempero ficou apenas um responsável porque era o que tinha mais jeito para a coisa. Um dos tios da Raquel (Zé) que muito jeito para gambas fritas.
Lá comemos as gambas completamente embriagados. Não havia espaço no estômago, mas todos insistiam. Eu bebi o meu último copo de vinho nessa refeição, onde senti que pelo estômago já não podia beber mais. Nunca me senti enjoado do alcóol, mas tinha a noção de que se bebesse mais um pouco, ia visitar o senhor Gregório. Assim, optei por dar descanso. Mais uma vez fomos para o café, desta vez para umas jogadas de matrecos. Eu e o Toino (o meu cunhado) contra o meu Sogro e irmão gémeo. Grande cabazada lhes demos, mesmo com o Toino todo derreado, em 5 jogos que fizemos, ganhámos 5, lol. Eu que não jogo assim tanto matrecos, apesar de até gostar, marquei mais golos que sei lá...
Foi-se fazendo noite, o Toino continuava com uma bezana e nós só riamos com palhaçadas que ele e o meu sogro faziam. De palhaçadas entendam-se coisas que só bêbedos mesmo faziam. Enfim, um fartote!
E este foi o dia de Natal, Domingo ainda almoçamos por lá, e tivemos que voltar para o ritmo habitual das nossas vidas.
Um Natal para não esquecer...